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MISSÕES NA CHINA

A China é um dos grandes desafios missionários da atualidade. É a nação que possui a maior população da Terra, com mais 1,3 bilhão de pessoas ocupando um território de 9,5 milhões de km2. Nessa vasta extensão territorial habitam aproximadamente 20 etnias, tendo como maioria absoluta os chineses han (92%).

Oficialmente, 40% da população chinesa não professam nenhuma religião. Este número alarmante de sem-religião é resultado da Revolução Cultural que proibiu o culto e a propagação de qualquer manifestação religiosa. O cristianismo, cujo crescimento maior se dá na igreja subterrânea, possuiu, segundo dados do governo, 8,5% de adeptos em toda a China. Mas estima-se que o número de crentes convertidos já ultrapasse a marca de 10%.

  • 500 milhões de chineses ainda esperam ouvir o Evangelho;
  • 50 milhões de cristãos ainda não possuem uma Bíblia;
  • 27 mil pessoas se convertem por dia, mas falta discipulado;
  • Mais de 100 mil missionários chineses vão plantar igrejas desde a China até Jerusalém entre povos budistas, hindus e mulçumanos. Ore por eles;
  • Por oportunidades para compartilhar o Evangelho;
  • Pela abertura política e religiosa para proclamação do Evangelho.
Os Deuses da Índia

História

SHIVA COM PARVATI  E GANESHAUma das 3 civilizações mais antigas do mundo, a Índia tem uma cultura rica e diversificada que inclui a terceira religião em número de adeptos no mundo; em um país com 1,1 bilhões de habitantes, a grande maioria, pelo menos 750 milhões, seguem o Hinduísmo.
Sem um líder ou fundador, a religião é tão antiga quanto a civilização e se originou de uma tradição oral que remonta a ocupação do Vale do rio Indus, por volta do ano 7000 AC.


Não há muitos detalhes sobre essa fase da Índia, já que a História só passou a ser registrada a partir da invasão dos árias ou arianos (nobres, em sânscrito), que vindos do sul da Rússia, eram um povo mais desenvolvido que levou para a Índia a utilização dos cavalos, o conhecimento do ferro, o próprio sânscrito e um sistema social que dividia a população em castas: brâmanes (sacerdotes ou nobres), xátrias (guerreiros), váxias (mercadores), sudras (camponeses ou trabalhadores braçais) e os párias (intocáveis, sem nenhum direito na sociedade).

Além disso, os arianos trouxeram os Vedas (saber, em sânscrito), uma série de tradições orais que foram compilados mais tarde em 4 livros: "Rig-Veda" (veda das estrofes), "Yajur-Veda" (veda das fórmulas sacrificiais), "Sama-Veda" (veda dos cânticos) e "Arthava-Veda" (veda das receitas mágicas).
Cada um destes livros versava sobre um dos aspectos da religião e como era muito comum na época, também continham as bases legais que regiam e organizavam a sociedade.

Como religião, o Vedismo se caracterizava pelo culto das forças da natureza personificadas em Deuses, chamados de Devas (brilhantes, em sânscrito), onde eram muito comuns os sacrifícios de grãos, mel e animais.

Vem daí o início do culto à vaca como animal sagrado, como um símbolo da criação. A vaca é considerada uma encarnação da Deusa Mãe, aquela que gera e com seu leite mantém a vida.

Sempre evoluindo, o Vedismo daria origem mais tarde ao Bramanismo, uma religião filosoficamente mais elaborada onde as divindades começam a tomar aspectos mais complexos.

Surge o conceito de Brahman, o absoluto, uma divindade sem forma, que teria criado o universo a partir da emissão de um som: o OM.

Para os hindus, Brahman é e está em tudo e sua descrição está muito próxima a do "Tao", do Taoísmo de Lao-Tsé.
BRAHMAPara os sacerdotes, Brahman é o Deus Supremo, mas como em sua forma original é quase inexplicável, para fins didáticos foi dividido em 3 aspectos; a chamada Trimurti composta por: Brahma (criador), Vishnu (protetor) e Shiva (transformador)
Cada um destes aspectos acabariam transformando-se em deuses dentro do imaginário popular e mais tarde o próprio Bramanismo evoluiria e originaria o Hinduísmo.Os adeptos do chamado Sanatana Dharma (lei cósmica universal sem origem definida) adotaram como textos sagrados os Vedas, os Bramanas e os Upanishds, textos filosóficos que foram compilados entre 800 e 300 AC.

Os chamados Upanishads trazem além de considerações filosóficas e formas de cultos religiosos, os primeiros textos de caráter científico sobre matemática, astronomia e medicina, entre outras ciências.

Mais tarde, o Hinduísmo incorporaria mais livros como o Puranas (livro das lendas antigas), o Sutras (que contém detalhes rituais), o Mahabarata (uma coletânea de lendas que inclui o Baghavad Gita, ou Canção do Divino Mestre e o Ramayana, além dos Tantras (que reúnem um misticismo mais primitivo adotado pelas classes mais pobres).

Os Deuses e suas consortes

Vale ressaltar que na Índia o aspecto feminino tem uma grande importância e assim cada um dos Deuses tem sua consorte: Saraswati é a deusa da sabedoria e esposa de Brahma, Lakshmi é a deusa da abundância e esposa de Vishnu e Parvati é a deusa da energia e esposa de Shiva.No Hinduísmo, outro conceito importante é o da reencarnação; o atman, equivalente a ideia de alma no ocidente, é eterno e o núcleo da vida. Este atman necessita de experiências e aprendizado, assim, está preso a uma roda de diversas vidas até atingir Kaivalya, a libertação que é a maior busca do Hinduísta.
Também originárias do Hinduísmo, as noções de Dharma (dever) e Karma (ação), têm significados bem diferentes daquilo que pensam os ocidentais.
Especialmente a palavra Karma recebeu no ocidente uma interpretação bastante errônea, em seu contexto original ela perde seu aspecto de dívida por atos anteriores e pode ser comparada à terceira lei de Newton, da física mecânica, que diz que "toda ação corresponde a uma reação de mesma intensidade, mas na direção contrária."

Símbolos e lendas

SHIVAAs próprias figuras dos Deuses incorporam diversos simbolismos, a pele azul, por exemplo representa o meio onde eles vivem, sendo seres celestiais, têm a mesma cor do céu.

Já os quatro braços significam sua capacidade de agir e tocar todos os elementos.

Para o Ocidente algumas destas figuras podem parecer assustadoras: as najas, talvez a espécie de cobras mais temida pelos seres humanos, aparecem em algumas representações de Shiva, como um símbolo de sabedoria; um animal que rasteja pelo chão mas ganha a capacidade de erguer-se, indo na direção dos céus, ao mesmo tempo em que a área próxima de sua cabeça, se amplia.
O tridente de Shiva, associado por muitos cristãos ao tridente do diabo, simboliza os 3 Nádis, ou canais por onde sobe a energia da Kundalini: Ida, Pingala e Sushumna.


CENA DO BAGHAVAD GITA: KRISHNA E ARJUNA RUMO A BATALHAAlgumas vezes, para ajudar no progresso da humanidade, alguns dos deuses encarnam como seres humanos; a estas encarnações dá-se o nome de Avatares: Vishnu já esteve na terra como Krishna e Rama, personagens centrais das obras Baghavad Gita e Ramayana; Brahma veio como Vyasa, considerado o autor do Mahabarata e Shiva foi Shankara, o formulador do Vedanta, e Babaji, o pai da Kryia Yoga.
Outro deus que nós ocidentais temos grande dificuldade para compreender é Ganesha, representado como uma figura humana, com cabeça de elefante.

Conta a lenda que ele seria filho de Shiva e Parvati, um garoto tão bonito, que ninguém conseguia prestar atenção em sua sabedoria.

Shiva então, teria cortado sua cabeça e a substituído pela de um elefante, para que as pessoas não perdessem mais tempo com as aparências e buscassem logo nele o crescimento espiritual que tinha a oferecer.

E por falar em crescimento, Ganesha é representado com apenas uma de suas presas de marfim, a outra, ele teria retirado e oferecido a Vyasa, para que ele a usasse como uma caneta para escrever o Mahabarata.
Desta forma, além de tornar-se o grande removedor de obstáculos do caminho espiritual, o deus com cabeça de elefante também tornou-se o protetor dos escritores.

Fontes:
Revista Coleção Grandes Religiões do Mundo - Hinduísmo
Wikipédia
Anotações dos cursos Hinduísmo e Orientalismo - IPPB -
www.ippb.org.br

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